Prejuízo mínimo estimado pelos citricultores é de R$ 2,6 milhões; microrregião de Araraquara é a que mais sofreu com a doença

 

Citricultores da região de Ribeirão Preto perderam aproximadamente 600 mil árvores infestadas por greening (doença originada por bactérias que atacam os citrus), que foram cortadas durante o segundo semestre do ano passado.

 

Cada muda custa R$ 5, em média, o que daria, no total, um prejuízo de R$ 2,6 milhões.

 

Porém, produtores e sindicatos dizem que a maior parte dos prejuízos está na falta do lucro com o pé de laranja e limão.

 

A microrregião de Araraquara foi a que mais sofreu com o corte das árvores no Estado de São Paulo - a cidade foi a primeira a registrar greening no Estado, em março de 2004. Do total de pés de laranja extraídos no Estado, 40% estão em Araraquara e nos municípios em seu entorno. Foram 524 mil pés arrancados na região de Araraquara, de um total de 1,3 milhão de árvores no Estado.

 

As árvores infestadas representam 2,08% do total de pés identificados naquela macrorregião (média superior à do Estado, em que 0,61% da produção teve de ser arrancada).

 

Por causa da grande incidência de greening na região, o Estado de São Paulo dará atenção especial à região na fiscalização que fará a partir do mês que vem em pomares de todo o Estado, de acordo com Geisa Pala Ruiz, gerente do programa de combate ao greening do governo estadual.

 

Os dados sobre os números de árvores arrancadas são da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.

 

Prejuízos

 

O presidente do sindicato Rural de Araraquara, Nicolau de Souza Freitas, afirmou que conhece vários citricultores que encerraram as atividades em seus pomares por conta do greening, apesar de não ter números. "Eu mesmo tive uma perda de 5% a 6% [do total de sua produção] no ano passado", afirmou Souza.

 

O produtor rural Humberto Francisco Nucci, que é dono de um pomar no município de Itápolis, disse que perdeu aproximadamente 20% de sua produção no ano passado por causa do greening.

 

Na microrregião de Barretos, onde está inserida a cidade de Bebedouro, foram extraídos aproximadamente 4.000 pés.

 

Na microrregião de Franca, foram arrancados 354 pés.

 

Fonte: Folha Online