Associtrus promove tarde de palestras em Bebedouro

01/06/2007
Com o objetivo de informar os citriculturores, a Associtrus promoveu, quinta-feira (31), no auditório da Credicitrus em Bebedouro, uma tarde de palestras. Os engenheiros agrônomos João Pedro Matta Júnior e João Eduardo Pereira, da Stoller, apresentaram o programa “Nutrir na Seca”, que proporciona o fornecimento de nutrientes e homônios às plantas com o objetivo de prepará-las para a próxima florada. “Em processo de indução floral, a planta consome muitos nutrientes, por isso elas precisam de uma reserva energética, que se torna possível com Nutrir na Seca”, diz João Pedro Matta Júnior. A partir de uma boa nutrição, a planta terá florada uniforme e de boa qualidade. O custo do programa é de R$ 0,06 centavos por caixa. “O benefício que o Nutrir Seca traz para o citricultor é muito grande, quando comparado com seu custo”, observa João Pedro. O presidente da Associtrus, Flávio Viegas, avaliou positivamente o programa da Stoller. “É importante que o produtor aumente a produtividade de seus pomares, mas, para que isto aconteça, ele precisa de recursos que, infelizmente, ficam nos bolsos da indústria que não pagam um valor justo pela caixa de laranja”, diz Viegas. O presidente do Conselho da Asocitrus, Renato Queiroz, e o advogado Joacir Vargas, do depto. Jurídico, discorreram sobre questões contratuais. O evento foi finalizado com palestra sobre as novas estratégias de comercialização para os citricultores, por Flavio Viegas. “O produtor não deve se precipitar nas negociações com a indústria, considerando que podemos buscar novas formas de comercialização. Uma das propostas é o processamento próprio a partir da destinação de uma pequena parcela da produção. Se o produtor destinar de 10% a 20% no projeto de processamento próprio, ele vai conseguir negociar preços melhores com o restante das frutas”, observa Viegas, aproveitando para alertar os citricultores sobre a estimativa de safra divulgada pela indústria. “Não corremos o risco de ter supersafra, já que somadas, a produção da Flórida e de São Paulo não vão superar 550 milhões de caixas. Aliás, o próprio Ademerval Garcia divulgou, no final do ano passado, que o parque de árvores produtivas é de 152 milhões de caixas, portanto não vamos atingir 300 milhões de caixas e a Flórida não ultrapassará 130 milhões de caixas. A safra da Flórida teria que dobrar para que houvese uma redução significativa dos preços. A relação oferta e demanda está totalmente favorável ao citricultor”. ASSOCITRUS