25/06/2008
A atividade ainda pode ser lucrativa para pequenos produtores
em d?lar. Agora, com o enfraquecimento do d?lar frente ?s moedas de pa?ses emergentes, entre eles o Brasil, o suco de laranja nacional perdeu a lucratividade que o c?mbio assegurava.
em S?o Paulo. Por conta dessa nova etapa, Margarete acredita que o perfil do produtor que quer permanecer na atividade deve incluir maior efici?ncia agron?mica e comercial para avaliar a sustentabilidade econ?mica. ?Os custos e os riscos da atividade citr?cola est?o aumentando ao mesmo tempo que o custo de oportunidade tamb?m. Assim, ? importante avaliar se a atual estrutura de produ??o do citricultor ? compat?vel com essa nova realidade?, disse. A pesquisadora afirmou que ? vis?vel que os pequenos citricultores j? est?o deixando a atividade, mas que existe espa?o tamb?m para eles. ?? poss?vel o pequeno citricultor continuar na cultura. Para um pequeno citricultor bem estruturado e que sabe manejar bem a cultura, pode ser mais vi?vel manter-se na citricultura do que partir para as grandes commodities, que s?o mais vi?veis em extens?o de ?reas maiores?, disse.
No entanto, a estrat?gia desse produtor tem de ser diferente da adotada at? ent?o. ?Ele tem que se tornar um fruticultor e n?o comprometer 100% da produ??o para uma ?nica ind?stria. Deve partir para comercializar parte da produ??o no mercado dom?stico/local?. Isso ? poss?vel principalmente porque a escala de produ??o ? pequena. ?Mas, ele tem que estar consciente dos riscos e ter maior habilidade na venda. H? muitos citricultores pequenos hoje partindo para isso e sendo bem sucedidos, com v?rios tipos de cultivares de laranja, tangerina e lim?o?. Mesmo no caso de produtores agrupados em pools ou grupos para negociar a fruta, a pesquisadora n?o recomenda a comercializa??o da safra atrelada a uma ?nica ind?stria processadora. Para ela, ? dif?cil dizer se ocorreu ou n?o a transfer?ncia de ganhos decorrentes da rea??o dos pre?os internacionais por causa dos furac?es que atingiram a Fl?rida em 2004 e 2006. ?Tudo depende. Primeiro, porque h? um intervalo muito grande de pre?os entre contratos para uma ?nica safra. Segundo, porque n?o temos acesso ao real pre?o de venda do suco na Europa.?
A pesquisadora lembrou que o pre?o ? determinado pelo mercado, mas disse que a citricultura est? atrasada em determinar um mecanismo de remunera??o transparente de pre?os. Esse mecanismo, segundo explicou, tem que captar quando h? uma situa??o transparente de queda de pre?os e remunerar adequadamente quando h? uma valoriza??o do suco no mercado externo. Margarete disse que, no geral, o pre?o ? conseq??ncia da oferta e da demanda. ?Se a produtividade no geral for maior, a oferta aumentar em fun??o disso, o pre?o cai. Se a produtividade no geral recuar, em fun??o de problemas fitossanit?rios, a oferta recua e o pre?o cai.? Sobre a capacidade dos citricultores de investir na moderniza??o dos pomares de laranja, ela classificou de elevada a disper??o dos pre?os pagos ao citricultor na ?ltima safra (2007/08).
E afirmou que se pode observar que os que ficaram no intervalo m?nimo de pre?os v?o ter dificuldade de investir na cultura se esse valor permanecer nesta safra. Os que est?o no intervalo m?ximo de pre?os, esses est?o capitalizados e aptos a investir. Artigo publicado na edi??o de maio da revista Hortifruti, de autoria de Margarete Boteon e de Daiana Braga, cita como os valores parciais dos contratos convertidos em d?lar e deflacionados apontaram que na safra 2007/2008 o valor m?nimo foi de US$ 3,07 e o m?ximo recebido de US$ 7,16 por caixa de laranja. Para a safra 2008/2009, a estimativa ? de US$ 2,90 e US$ 8,24.
Fonte: Carlos Eduardo de Souza
Di?rio da Regi?o
