Tr?s noticias dominaram o per?odo entre-posts: a elei??o de Barack Obama ? presid?ncia dos EUA, a fus?o dos Bancos Ita? e Unibanco, e a venda da Alellyx e da Canavialis, empresas do Grupo Votorantim, para a multinacional Monsanto.
Do ponto de vista do citricultor, a despeito de ser uma conquista hist?rica para todos, quando a vedete em destaque ? o novo presidente dos EUA, s? nos resta perguntar se h? motivos para a citricultura brasileira comemorar sua elei??o, no aspecto econ?mico.
Embora os democratas sejam mais protecionistas, ao que tudo indica, nada muda! As barreiras que nos afetam (ao nosso produto) dependem mais do Congresso do que da boa vontade do chefe de governo, e os lobbies de produtores l?, diferentemente do que ocorre aqui, s?o muito fortes e bem estruturados para que se perceba algum impacto por ora. Importa mais torcer para que as pol?ticas econ?micas doravante empregadas recuperem o poder de compra dos consumidores americanos e eles voltem a brindar com suco de laranja as novas manh?s da Am?rica. A batalha ? ?rdua e vai levar tempo.
A cria??o do maior banco brasileiro, ao mesmo tempo o maior do hemisf?rio sul, nos d? a dimens?o do que j? foi dito em outro post: embora o caso espec?fico trate de empresas financeiras, o ambiente est? pr?digo de justificativas respaldando movimentos de concentra??o empresarial em todos os segmentos. Em ambas as extremidades das cadeias produtivas h? possibilidades, o que nem sempre ? mau, e rumores, o que ? ruim porque estressa e s? favorece especuladores.
A venda da Alellyx e da Canavialis para a Monsanto se relaciona com o par?grafo anterior e deixa um alerta e uma sensa??o de orfandade ao citricultor. A inten??o evidente da compradora foi a cultura canavieira, embora a Alellyx tenha feito fama ao seq??nciar o genoma da Xylella fastidiosa, causadora do amarelinho. No seu trabalho residiam muitas das esperan?as da citricultura nacional. Ainda que a tecnologia da? advinda tivesse seu pre?o, h? quem acredite que seria mais acess?vel do que agora ser?, se for confirmado, antes, que haver? direcionamento de pesquisas para nosso setor.
Os pre?os, aqui em S?o Paulo, ca?ram. As ind?strias, sem mostrar nenhuma vontade de comprar laranja, pelo contr?rio, est?o pagando R$9,00/cx de p?ra rio posta na ind?stria, e R$8,00 pela Val?ncia e demais variedades. A queda de consumo de suco de laranja no exterior e a qualidade do suco extra?do nesta safra tardia de multifloradas promovem esse desinteresse da ind?stria pelo produto.
Por fim, enquanto as temperaturas elevadas come?am a afetar a recente florada no norte de S?o Paulo, h? analistas observando que o frio da pr?xima esta??o pode, eventualmente, alterar a safra da Fl?rida.

Fonte: www.agroblog.com.br