04/08/2010
Valor Econ?mico

De S?o Paulo - O Consecitrus deu na ter?a-feira seu primeiro passo para a cria??o de um mecanismo para nortear a forma??o dos pre?os da laranja fornecida para a fabrica??o do suco, a exemplo do que acontece na cana (Consecana). A ind?stria processadora, no entanto, prepara-se para fazer adapta?es nas f?bricas com objetivo de padronizar o sistema de coleta de dados.

A Cutrale, por exemplo, prev? investimento de US$ 2 milh?es a US$ 3 milh?es em suas cinco unidades para fazer as adapta?es. A expectativa ? aplicar US$ 500 mil por unidade em m?dia para realizar os ajustes. A ideia ? deixar as f?bricas brasileiras com n?veis tecnol?gicos semelhantes aos que a empresa j? tem nos EUA, onde um sistema parecido com o Consecitrus j? ? utilizado. Uma das mudan?as necess?rias ser? na m?quina que separa as amostras das frutas. Enquanto nos EUA os "amostradores" s?o aprovados pelo FoodDrug Administration (FDA), no Brasil n?o existe um padr?o.

"O Consecitrus tende a mudar o perfil da citricultura brasileira nos pr?ximos anos, o que envolve produtores e ind?strias. O sistema vai pensar na produtividade dos pomares", afirma Carlos Viacava, diretor corporativo da Cutrale.

Segundo o executivo, a ind?stria vai comprar laranja pensando nos s?lidos sol?veis - mat?ria-prima para o suco concentrado - das frutas. Dados de produtividade da Cutrale, mensurados nos ?ltimos seis anos, mostram que existem diferen?as importantes entre variedades e regi?es produtoras.

De acordo com esses dados, s?o necess?rias 313,4 caixas de laranja da variedade Hamlin colhidas em Avar? (SP) para se produzir uma tonelada de suco concentrado e congelado. Os produtores da regi?o de Ol?mpia (SP), por?m, precisam de 264,7 caixas para obter uma tonelada de suco concentrado, ou seja, uma diferen?a de quase 20% para a mesma variedade, apenas em regi?es diferentes.

"O setor passar? por um processo de profissionaliza??o que outros segmentos do agroneg?cio j? tiveram. Creio que os pomares ser?o mais adensados, usar?o irriga??o e ter?o vida ?til de 10 a 15 anos", afirma Viacava. (AI).