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Avança costura para criação da "Unicitrus-SP"

08/11/2010
O Consecitrus n?o pode ser um ?rg?o pol?tico. ? preciso crit?rios t?cnicos para as decis?es que ser?o adotadas", diz o empres?rio e produtor Lair Antonio de SouzaLair Antonio de Souza est? de volta aos holofotes citr?colas. Aos 81 anos, o empres?rio participa ativamente das articula?es para a cria??o de uma entidade capaz de aglutinar as demais associa?es que representam produtores de laranja em S?o Paulo e apresentar posi?es comuns nas negocia?es com as ind?strias de suco, estimuladas a partir da cria??o do Consecitrus.

Idealizado como um ambiente no qual citricultores e ind?strias possam tratar de quest?es que v?o desde os pre?os de fornecimento da fruta para a fabrica??o da commodity at? amea?as fitossanit?rias aos pomares, o Consecitrus recebeu aval das partes em reuni?o no dia 25 de outubro na Secretaria da Agricultura de S?o Paulo, Estado que responde por 80% da produ??o nacional de laranja e abriga as principais companhias exportadoras (Cutrale, Citrosuco, Citrovita e Louis Dreyfus).

Esses quatro players dominam as vendas externas do pa?s, que dever?o render US$ 2 bilh?es em 2010 e continuar a representar uma fatia de 85% das exporta?es mundiais de suco de laranja, segundo o estudo "O retrato da Citricultura Brasileira", coordenado por Marcos Fava Neves, professor da FEA/USP. Por outro lado, os pomares paulistas ocupam pouco mais de 620 mil hectares, com 164,2 milh?es de ?rvores adultas produtivas (incluindo o Tri?ngulo Mineiro). Na frente agr?cola, ainda s?o mais de 10 mil produtores.

Espalhadas as pe?as em um tabuleiro marcado pela queda da demanda internacional por suco de laranja na ?ltima d?cada, Souza tenta colaborar para as que representam os produtores de laranja na nova "Unicitrus-SP", que reuniria representantes da Associa??o Brasileira de Citricultores (Associtrus), da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e da Federa??o da Agricultura do Estado de S?o Paulo (Faesp). As tr?s participaram das conversas que precederam a assinatura do protocolo de inten?es para a cria??o do Consecitrus.

Na reuni?o do dia 25, ficou decidido que as tr?s entidades discutiriam "entre si e junto aos citricultores que desejarem participar a forma de sua participa??o" uma f?rmula que pudesse resultar na "Unicitrus-SP". Com posi?es previamente alinhada, esta poderia ter o mesmo da peso que a Associa??o Nacional dos Fabricantes de Sucos C?tricos (CitrusBR, que re?ne as quatro grandes ind?strias) nas conversas do Consecitrus.

Pela proposta que est? sendo apresentada por Souza ?s entidades que representam os citricultores, a "Unicitrus-SP" seria constitu?da por produtores rurais (pessoas f?sicas e jur?dicas) e ap?s consenso de pelo menos 51% dos citricultores paulistas, e a divis?o de for?as para a vota??o dos conselheiros (seriam 11, al?m de 11 suplentes) levaria em conta o n?mero de p?s de laranja representado.

Para o empres?rio, talvez essa seja a parte menos dif?cil do processo em curso que visa estruturar a cadeia citr?cola tendo em vista a retra??o da demanda global por seu principal produto. As dificuldades se aprofundar?o, em sua opini?o, a partir das discuss?es que definir?o os par?metros que ser?o levados em considera??o para uma defini??o dos pre?os da fruta utilizada pelas ind?strias.

Souza j? teve duas f?bricas de suco de laranja no mesmo terreno em Araras, no interior de S?o Paulo, e quer levar essa experi?ncia, refor?ada pela gest?o de seus mais de 2 milh?es de p?s de laranja, para a negocia??o desses par?metros. Para isso, apresenta sua pr?pria planilha de custos, j? que ? com base nos custos de produ??o da fruta, e n?o no pre?o de venda do suco de laranja, que ele acredita que devem ser baseadas as discuss?es. At? agora, o empres?rio participou do processo de cria??o do Consecitrus como convidado.

"O Consecitrus n?o pode ser um ?rg?o pol?tico. ? preciso crit?rios t?cnicos para as decis?es que ser?o adotadas", diz. E questiona o custo de produ??o apresentado pelas ind?strias em seus pr?prios pomares, de R$ 7,26 por caixa de 40,8 quilos na safra passada. Em primeiro lugar, diz, o valor j? est? cerca de 10% maior. Depois, continua, ? um c?lculo para pomares de alt?ssima produtividade, de quase 1.350 caixas por hectare, em um mercado onde 1.000 caixas por hectare j? ? uma efici?ncia elevada. Souza prega a fixa??o, com base nos custos, de um pre?o-base para as negocia?es de contratos de fornecimento da fruta para as ind?strias. Ele tamb?m defende a divis?o de ganhos com as ind?strias em casos de altas inesperadas do suco.


Fonte: Valor Econ?mico - Fernando Lopes | De S?o Paulo

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