01/08/2011 A colheita avança na região que mais cultiva laranja no país, cerca de 40% da fruta já foi para a indústria.
Os agricultores que têm contrato representam 80% dos fornecedores e, para eles, o preço acertado antecipadamente varia entre R$ 8 e R$ 15 a caixa, segundo a Federação dos Agricultores do Estado de São Paulo.
Em uma fazenda em Gavião Peixoto pouca fruta foi colhida. O agricultor André Martinez faz parte dos 20% de produtores que atuam no mercado livre, ou seja, não tem vínculo com as fábricas. André pretende segurar a laranja no campo até quando puder, à espera de uma alta nos preços.
Pelo segundo ano seguido, o agricultor trabalha sem contrato. Como o número de frutas no pé é grande, ele não recebeu nenhuma proposta de compra, mas acredita que mesmo se recebesse, o preço não iria agradar. R$ 10,50 não é preço de laranja, com esse valor não dá para cuidar do pomar, reclama.
No ano passado, o produtor independente recebia entre R$ 14 e R$ 15 por caixa. Os atuais R$ 10 estão servindo de referência para o mercado, uma novidade nesta safra. O governo anunciou uma linha especial para estocagem de suco de laranja, em troca, a indústria garante o preço mínimo para o produtor.
Uma indústria em Conchal sente os reflexos. Há fila de caminhões e produção maior em relação à mesma época do ano passado. A associação que representa as indústrias estima uma safra nacional de 387 milhões de caixas, a maior desde 2004, 26% mais do que o produzido em 2010.
A indústria acredita que se houver melhora na cotação do suco no mercado internacional, o preço para o produtor pode avançar um pouco.
Fonte: Globo Rural
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