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À volta ao passado

09/09/2011

Mesmo diante da afirmação de um diretor da empresa líder do setor de que não se produz laranja a R$10,00 por caixa, as indústrias insistem em impor ao produtor preço abaixo daquele valor, que não cobre sequer o custo direto de produção . Hoje, além de manter o sistema de preferência na fila para seus caminhões e os dos “amigos”, o que implica em enormes perdas para os produtores em decorrência da queda de fruta, perda de peso e aumento de custos de colheita e frete decorrentes da perda de produtividade das turmas de colheita, as indústrias oferecem contratos com pagamento de R$ 6,00, com vencimento no dia 5 do mês subsequente à colheita e uma parcela de R$4,00 a ser paga em março de 2012, valores inferiores aos acordados. Deduzidos dos R$6,00 os R$4,00 de colheita e frete, restará nesta safra, R$2,00/cx para o produtor fazer o custeio de seu pomar até março.

Muitas vezes esses contratos são impostos com validade estendida para a próxima safra que, ao que tudo indica, será significativamente menor do que a atual.

As indústrias sabem que os custos da laranja superam em muito os valores pagos e que essa politica de preços, muito mais do que o “greening”, está destruindo a citricultura brasileira.

Impor ao produtor um pagamento que se sabe não remunera seu trabalho nem os recursos investidos na produção configura uma nova forma de escravidão. No caso atual, o “escravo” não recebe sequer abrigo e alimentação e coloca à disposição do “senhor” não só o seu trabalho, mas também seu patrimônio.

Revivemos também, simultaneamente, o colonialismo do século 19, quando a colônia tinha, entre outros, o papel de assegurar à metrópole matéria prima barata. Segundo fonte da própria indústria, a participação do suco de laranja no preço final do produto não passa de 15%, enquanto o custo da embalagem corresponde ao dobro desse valor, o que demonstra bem a disparidade dos valores entre os produtos da “colônia” e os “do colonizador”.

As esmagadoras estão reeditando práticas que supúnhamos pertencentes a um passado distante!


Fonte: Flavio Viegas


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