22/06/2005
Quinta-feira (23), ?s 14h, na Procuradoria Regional do Trabalho de Campinas, o Minist?rio P?blico promover? audi?ncia para discutir a transfer?ncia da responsabilidade da colheita para a ind?stria. Convidados pelo procurador do Trabalho, Ricardo Wagner Garcia, o presidente da Associtrus, Fl?vio Viegas, representantes da Feraesp (Federa??o dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de S?o Paulo), da Faesp (Federa??o da Agricultura do Estado de S?o Paulo) e das ind?strias Citrosuco, Cambu?, Cutrale, Citrovita e Coinbra-Frutesp, al?m de citricultores e demais envolvidos na cadeia produtiva da citricultura.

H? dois anos o Minist?rio P?blico tem incentivado a uni?o de trabalhadores rurais e citricultores em prol da transfer?ncia da colheita para a ind?stria. ?Na rela??o ind?stria, citricultor e trabalhador rural, a ?nica vantagem ? das cinco ou seis ind?strias que det?m o poder de compra de toda a laranja produzida no pa?s. Faz dois anos que estamos discutindo a formaliza??o do contrato de trabalho e a resolu??o dos problemas trabalhistas gerados pelas caracter?sticas econ?micas dessa cadeia produtiva?, frisou Ricardo Wagner Garcia, quando da reuni?o no dia 4 de junho, na C?mara de Bebedouro.

A expectativa do presidente da Associtrus, Fl?vio Viegas, ? de que seja estabelecido um acordo entre citricultores, ind?stria e trabalhadores rurais, em prol da melhoria das condi?es de trabalho de todos os envolvidos na cadeia citr?cola. ?Esperamos que a ind?stria volte a assumir a responsabilidade pela colheita e pelo frete da laranja, pois ? ela quem estabelece a qualidade e a quantidade da fruta colhida no pomar. A colheita ? atividade-fim da ind?stria, por isso deve ser de responsabilidade dela?, diz Fl?vio Viegas.

A presen?a dos citricultores na audi?ncia ? fundamental. ?A quest?o ? muito mais pol?tica que jur?dica, por isso ? extremamente importante que os citricultores compare?am ? reuni?o. Apesar da decis?o jur?dica j? estar tomada - a colheita faz parte da atividade-fim da ind?stria e como tal deve estar sob sua responsabilidade -, as ind?strias far?o de tudo para postergar, com recursos, a aplica??o da lei, por isso precisamos nos unir para que a lei seja implementada o mais r?pido poss?vel?, finaliza Fl?vio Viegas.

A Procuradoria do Trabalho de Campinas fica na avenida Marechal Carmona, 686.