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Comércio Injusto

17/10/2011

O cartel das esmagadoras, cada vez mais rico, poderoso, mais concentrado e verticalizado continua atuando no sentido de excluir produtores e trabalhadores do setor.

Os pomares próprios da indústria aumentaram em muito o poder de mercado das processadoras que, não enfrentando nenhuma disputa pela matéria prima, retardam as negociações, o que propicia condições para imposição de contratos de adesão leoninos. Adicionalmente, propiciam-lhe condições para iniciar antecipadamente a colheita e a contratação das melhores equipes de colhedores e os melhores transportadores.

A fruta da indústria tem prioridade de descarga nas fábricas, o que propicia aos trabalhadores contratados pelas esmagadoras maior produtividade e ganho, mesmo recebendo valores menores por caixa que os pagos pelos produtores independentes.

Os produtores independentes, impedidos de executar a colheita no ritmo necessário, estão tendo enormes perdas. Como já comentamos anteriormente, ao receberem da indústria no máximo 1/3 das autorizações necessárias para um bom andamento das colheitas, os produtores estão tendo perdas de produção causadas por queda e deterioração da fruta, perda de peso, aumento de descontos arbitrários, pois não baseados na fruta efetivamente descartada, aumento de custo de colheita e frete.

Os trabalhadores são afetados pela perda de empregos e de remuneração, pois o baixo ritmo de colheita reduz o número de empregos e o ganho dos trabalhadores, que são remunerados por produção.

O mesmo ocorre com os caminhoneiros que ficam até 72 horas nas filas na porta das indústrias, sem infraestrutura adequada que propicie um mínimo de conforto, transformando os caminhões em silos. Os caminhões, que poderiam realizar cinco a seis viagens na semana, fazem apenas uma viagem! Mesmo cobrando fretes maiores, os motoristas recebem apenas uma fração do que poderiam ganhar.

As instituições, do executivo, legislativo e judiciário e parte importante da mídia fingem não ver ou agem como se nada estivesse ocorrendo ou manifestam-se e atuam abertamente no sentido de encobrir os crimes, sob o argumento de que estão defendendo esse “importante setor industrial” contra os concorrentes norte-americanos. Entretanto, esses concorrentes não existem, pois a mesma indústria controla o mercado de suco na Flórida e, nos EUA, o produtor tem uma remuneração justa e a indústria nunca ousaria submetê-lo às condições a que são submetidos os produtores brasileiros, pois sabe que lá as instituições funcionam e são implacáveis com os que transgridem as leis.


Fonte: Flávio Viegas
Presidente da Associtrus


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