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O avesso do Consecitrus

29/03/2012

Desde meados do ano passado, nem a Associtrus nem os consultores por ela contratados para colaborar na elaboração do Consecitrus foram convidados para nenhuma reunião, para dar prosseguimento aos trabalhos como havia sido acordado no documento assinado no final de 2010, na secretaria de Agricultura de São Paulo.

Percebendo que a Associtrus não aceitaria participar de uma farsa e não assinaria um Consecitrus imposto pela indústria, cujo único objetivo seria beneficiar as esmagadoras facilitando o processo de concentração e verticalização do setor industrial e, possivelmente, até influenciar no processo de investigação sobre a atuação cartelizada das empresas, passaram a divulgar que a nossa Associação era contra o Consecitrus.

Fomos surpreendidos com a informação do presidente do Sindicato Rural de Bebedouro, José Oswaldo Junqueira Franco. “Tivemos acesso ao estatuto proposto pelo escritório de advocacia que representa as indústrias de suco, na última quinta-feira (22/3) em reunião na Faesp e pudemos perceber que em nenhum de seus artigos consta a definição do sistema de precificação da laranja, distribuição de renda, divisão de lucros e remuneração.

Consideramos estes itens fundamentais para a sequência das negociações, bem como a participação da Associtrus”, relatou José Oswaldo, informando que “pelo estatuto das indústrias haverá três representantes da indústria e três dos produtores sendo eles, Faesp, SRB e Coopercitrus, em substituição à Associtrus”.

A Faesp e a SRB já participaram de um episódio lamentável em 2006, quando também discutíamos soluções para o setor, logo após a Operação Fanta, quando as empresas sofreram uma busca e apreensão da Polícia Federal a pedido da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, no processo de investigação de um suposto cartel formado pelas processadoras de citros.

Naquela oportunidade, enquanto buscávamos negociar saídas para os citricultores, vítimas de mais de uma década de exploração, divisão entre as empresas, imposição de preços muito abaixo do custo de produção, entre outros problemas, fomos surpreendidos por uma tentativa dos mediadores da negociação aliados à indústria de encerrar as investigações, devolver os documentos apreendidos na Operação Fanta e arquivar o processo. A Associtrus atuou rapidamente através de seus advogados e conseguiu evitar que o processo fosse encerrado e, tendo perdido a confiança nos mediadores, saiu das negociações. A Faesp e a SRB continuaram as negociações e terminaram por assinar um acordo jamais cumprido pela indústria. No entanto, as duas entidades não tiveram coragem de exigir o cumprimento do contrato nem mesmo de denunciar o fato.

Estamos vendo a reedição do caso, agora envolvendo além das duas associações, consultorias de profissionais altamente conceituados que correm o risco de ter sua reputação maculada.

Fonte: Flávio Viegas
Presidente da Associtrus


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