- Sábado 04 de Maio de 2024
  acesse abaixo +
   Notícias +


Suco: China e Índia expandem produção de laranjas

26/09/2006
Dois dos maiores pa?ses do mundo est?o plantando laranjas para desenvolver uma ind?stria de suco: China e ?ndia. Dos seis maiores paises do globo - China, Canad?, R?ssia, Estados Unidos, Brasil e ?ndia - dois s?o os maiores produtores mundiais (Brasil e Estados Unidos), dois n?o t?m clima para essa cultura (R?ssia e Canad?) e dois (?ndia e China) est?o investindo seriamente na cria??o de uma ind?stria competitiva de suco de laranja. A China j? ?, segundo a FAO, o maior produtor mundial de citros, embora s? responda por 3% da produ??o mundial de laranjas. Mas, h? 20 anos, respondia por 1% de um bolo muito menor. No per?odo de 20 anos a China plantou macieiras, colheu as ma??s e se tornou o maior produtor mundial de suco de ma??, dobrando o tamanho do mercado mundial gra?as a pre?os baixos e not?vel agressividade comercial, praticamente aniquilando a concorr?ncia das ind?strias europ?ias e americanas. Pode, portanto, fazer o mesmo com laranjas, que s?o origin?rias da China e cujo nome cient?fico ? Citrus sinensis. O plano oficial do governo ? produzir, at? 2020, o equivalente a 1,5 milh?o de toneladas de suco concentrado, mais do que o Brasil produz hoje, embora a demanda dom?stica prevista absorva esse volume e ainda mantenha a China, segundo eles, como importadora de 500 mil toneladas anuais do produto, do qual hoje compra menos de 100 mil. O mecanismo que est? permitindo a esses pa?ses a implanta??o dessa cultura ? o mesmo adotado pelo Brasil, nos anos 1960. Incentivo ? produ??o rural por meio de um sistema de compra de fruta pelas ind?strias com alta previsibilidade e divis?o de riscos e ganhos, coroado com intenso trabalho das ind?strias para criar, manter e desenvolver mercados. O Brasil criou o mercado Europeu e o Asi?tico para suco de laranja, a partir das barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos, que eram, na d?cada de 1980, o ?nico mercado do mundo e hoje representam pouco mais de 12% das nossas vendas. Mas h? um outro fator muito relevante que est? presente na ?ndia e na China e esteve presente no in?cio do desenvolvimento da citricultura no Brasil. Uma a??o de governo no sentido de unificar e impulsionar essas atividades. A??o essa que durou de 1961, a funda??o da primeira ind?stria, a 1984, quando o governo deixou de intervir no setor e estabeleceu condi?es m?nimas de negocia??o que eram revistas a cada ano pelos representantes das ind?strias e dos citricultores e que davam previsibilidade aos agentes da cadeia produtiva. Em 1995, esse mecanismo foi extinto por determina??o das autoridades que cuidam dos assuntos da concorr?ncia, e o setor ficou sem regulamenta??o oficial ou privada, enfrentando os 10 piores anos de sua exist?ncia. Acusa?es de cartel promovidas por citricultores sem representatividade da classe e um governo sem os cuidados necess?rios ao analisar processos envolvendo grande n?mero de empregos e divisas, causaram a ruptura do sistema, que dura at? hoje. N?o se prega a volta do intervencionismo do Estado, mas uma a??o dos ?rg?os pr?prios do minist?rio da Agricultura visando dotar o setor dos mecanismos e da paz necess?rios ao seu desenvolvimento. Ignorar isto, neste momento, significa abrir os flancos ? concorr?ncia externa agressiva e competente e que vai inserir a laranja entre outros bens dos quais o Brasil j? foi o maior produtor e hoje importa e protege com barreiras e subs?dios, como a borracha, o caf? e o cacau. As mesmas barreiras e subs?dios que tanto condenamos na OMC como apan?gio da Europa e Estados Unidos. O setor precisa de paz e compete ao governo promov?-la, nos limites da lei, interessado que ? num setor cujo PIB ultrapassa US$ 7 bilh?es, gera exporta?es de mais de US$ 1,5 bilh?o, mant?m mais de 400 mil empregos e ?, em muitos casos, a atividade mais relevante de 320 munic?pios paulistas e 11 de Minas Gerais. Se n?o se disp?e a isto, que pelo menos reveja sua postura de atribuir ? ind?stria processadora as dificuldades do campo, no m?nimo porque fomento agr?cola, custo Brasil e cota??o cambial n?o s?o assuntos que as ind?strias possam resolver, v?timas elas pr?prias dos mesmos males. ?s ind?strias processadoras cabe adquirir mat?ria-prima no campo, pagar por ela, process?-la e criar mercados para o suco nos mercados internacionais. Autor: Not?cias CG Cr?dito: 25/9/2006

<<Voltar << Anterior


Indique esta notícia
Seu nome:
Seu e-mail:
Nome Amigo:
E-mail Amigo:
 
  publicidade +
" target="_blank" rel="noopener noreferrer">
 

Associtrus - Todos os direitos reservados ©2023

Desenvolvido pela Williarts Internet
Acessos do dia: 748
Total: 3.931.554