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Produtores deixam o cultivo de laranja devido a quedas no valor do mercado

20/02/2013

Com incertezas rondando a produção de laranjas durante as últimas safras , os produtores de São Paulo estão migrando para algumas atividades agrícolas com maior rentabilidade e que são menos afetas por possíveis crises. Com responsabilidade de produção de 80% de todo o suco de laranja vendido no planeta, a citricultura de São Paulo teve queda de 60 mil hectares, conforme apontam dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA). A área plantada de laranjas caiu de 541 mil hectares na última safra para 481 mil hectares na deste ano. Na área, outros tipos de cultivos estão ocupando espaço, principalmente as lavouras de cana-de-açúcar. Conforme o IEA, esta é a pior crise da citricultura paulista em toda a história.

Tendo estoques grandes de suco, as indústrias não chegam a processar toda a quantidade de laranja que é produzida nos pomares paulistas. E sem terem compradores, os produtores estão vendo a produção deles apodrecer. O cenário fica ainda pior devido a problemas fitossanitários, redução no consumo mundial do suco de laranja, devido a crise econômica mundial e as vendas internas que estão estagnadas.

Conforme Marco Antonio dos Santos, que preside o Sindicato Rural de Taquaritinga, o cultivo da cana está garantindo uma remuneração maior para os produtores. Ele que também é presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura, do Ministério da Agricultura diz que a mudança para outras atividades é algo natural. Pois ao perder dinheiro, o produtor vai atrás de outra atividade.

Conforme o IEA, a alteração da laranja para cana está preocupando prefeitos de cidades paulistas, pois a alteração traz impactos para a arrecadação. A pesquisa da IEA diz que como várias cidades não contam com usinas de açúcar e de álcool, as localidades vão deixar de receber impostos e vão ficar apenas com o ônus de abrigarem trabalhadores que estão vindo de outros Estados com assistência social e saúde.

Queda drástica

O produtor Carlos Eduardo Prudente Corrêa Júnior, que já teve aproximadamente 900 hectares de laranja durante os anos 90, hoje reduziu a produção para 94 hectares. E ele diz que a tendência é que essa quantidade seja reduzida ainda mais, ele afirma que a citricultura não compensa mais. Apenas durante esta safra, Corrêa Júnior diz que deve ter prejuízo de aproximadamente R$ 2,5 milhões, e por isso decidiu migrar para a cana-de-açúcar.

Fonte: www.noticiasbr.com.br


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