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Após suposto golpe, citricultores enfrentam 300 ações trabalhistas

25/09/2013

Processos de trabalhadores somam mais de R$ 8 milhões na região.
Antigo administrador de cooperativa é suspeito de desviar dinheiro.


Fonte: Do G1 São Carlos e Araraquara – 24/9/2013

115 citricultores de São Carlos (SP) e região enfrentam mais de 300 ações trabalhistas que somam R$ 8 milhões. Todos faziam parte do condomínio Laranja Lima, uma cooperativa sediada em Taquaritinga, que era responsável por fazer contratar e pagar os trabalhadores das fazendas. Mas o antigo responsável teria aplicado um golpe que a Polícia Civil investiga como estelionato. Ele não foi encontrado pelo Jornal da EPTV para comentar o assunto.

Em São Carlos, o trabalhador rural Sebastião Ravazoli leva há 20 anos trabalhadores rurais para a colheita de laranja. Segundo ele, em 2011, os salários passaram a ser pagos com atraso. “Todo mês atrasava os pagamentos. Era feito em cheque e na maioria das vezes voltava sem fundos”, disse.

A advogada Márcia Peronti entrou com uma ação trabalhista por várias irregularidades. “A empresa não fez recolhimento de FGTS, não fez pagamento de INSS, mesmo descontando do salário dos funcionários, não ganhavam horas extras”, disse.

Trabalhadores rurais de Taquaritinga, Matão, Itápolis, Jaboticabal, Araraquara, Bauru, Limeira e Artur Nogueira também reclamam que estão com os salários atrasados.

Golpe

O pagamento deveria ter sido feito pelo condomínio, mas os produtores afirmam que foram vítimas de um golpe. Um agricultor, que prefere não se identificar, está no setor há dez anos. Com 34 mil pés em 80 hectares, ele explicou que 10 funcionários trabalharam na colheita da safra passada.

Ele pagou R$ 37 mil e as ações na Justiça cobram mais de R$ 100 mil. “Houve um movimento de coação para que eu pagasse novamente e, não tendo sucesso, a pessoa do condomínio movimentou esse grande número de ações contra a fazenda e prejudicou toda a nossa produção e aumentando o nosso prejuízo da safra passada”, disse.

Gestão fraudulenta

O atual advogado do condomínio, Luiz Henrique Mitsunaga, disse que o antigo gestor, responsável pelo pagamento dos trabalhadores rurais, foi afastado. “Aparentemente foi uma gestão fraudulenta que acabou desviando valores do condomínio, em detrimento de uso próprio. Essa gestão foi afastada e por causa dessa má administração, gerou esse rombo de R$ 8 milhões. O citricultor acaba sendo penalizado por contratar o condomínio, pagar corretamente e, por ser solidário, volta a arcar com a despesa”, disse.

O caso corre em segredo de Justiça e é investigado pela Polícia Civil como estelionato, mas o advogado contesta o número de ações trabalhistas. “Nem todas são de trabalhadores que prestaram serviços ao condomínio ou a qualquer um dos condôminos. Nós estipulamos algo em torno de 120 a 150 trabalhadores. Fora isso, nós teremos que ver caso a caso, porque há claros indícios de uma questão de fraude”, disse.

O Jornal da EPTV não conseguiu localizar o antigo responsável pelo condomínio para comentar o assunto e as acusações


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