04/10/2013SR PRESIDENTE, SRAS E SRS DEPUTADOS
Os colegas desta Casa são testemunhas da luta que vimos travando em defesa da citricultura paulista e do sul de Minas Gerais, atividade ameaçada pelos constantes problemas na venda da safra, que repetem-se ao longo das últimas décadas.
Venho cobrando do Governo Federal medidas efetivas para garantir a venda da safra de laranja, mas, infelizmente, elas ainda não saíram do papel, pela lentidão da burocracia estatal.
Cobrei a fixação de um preço mínimo para a caixa da laranja, a retomada dos leilões da fruta in natura pela Conab, e o pagamento aos produtores que participaram de leilões em janeiro e ainda receberam o pagamento pela fruta vendida.
O tempo da burocracia, sr presidente, não é nem de longe o tempo do produtor de laranja. Este, vê ansioso a fruta amadurecer nos pomares e perde o sono à espera do socorro governamental.
Em que pesem as pressões e a mobilização das lideranças de produtores, que estão permanentemente mobilizadas, a burocracia dos ministérios da Fazenda e da Agricultura leva semanas para tomar uma decisão, sem levar em conta o tempo do citricultor, um tempo de urgência e desespero.
Esta semana esperávamos decisões práticas, que não vieram. Esperávamos a definição de um preço mínimo para a caixa da laranja e o anúncio da retomada de leilões da fruta pelo Programa de Escoamento da Produção, o Pepro. Mas até agora, nada.
Faço um apelo aos ministros e à área técnica do governo para a urgência na tomada destas decisões. De nada adiantarão gestos de boa vontade se as decisões chegarem depois que a laranja apodrecer nos pomares.
O quadro é muito grave. O produtor não pode mais esperar. Vamos continuar cobrando soluções a tempo de salvar a safra 2013/2014 e o anúncio de medidas a médio prazo, para evitar a repetição de um quadro comum nas últimas safras: produtores erradicando pomares, e a laranja, uma proteína nobre que poderia alimentar milhões de brasileiros, apodrecendo na árvore.
Fonte: Assessor de Gabinete