25/10/2007
Entre eles ? ali?s, um dos mais aplaudidos -, esteve o prefeito de Cajobi, Dorival Sandrini, que desabafou: ?Eu ?trinquei?. Estou para ?quebrar?, endividado no banco?. Ele pediu solu?es que reflitam ainda nesta safra.
O presidente da Cooperativa dos Citricultores de Engenheiro Coelho e Regi?o (Cocer), Santo Ferreira de Melo, lamentou a redu??o do n?mero de citricultores nos ?ltimos anos. ??ramos 30 mil em 1995 e hoje somos 7 mil. Todo mundo fala em fixar o homem no campo e est? acontecendo o contr?rio?, disse.
Ces?rio Ramalho, presidente da Sociedade Rural Brasileira, disse que o problema n?o ? uma quest?o de pre?o, mas de renda. ?Temos um descasamento entre custo e receita. De 2000 a 2006, tivemos um aumento de 106% nos custos, contra 70% na receita?, exemplificou.
O vereador Carlos Orpham (PT), de Bebedouro, disse que negociar pre?o continuar? sendo complicado porque a ind?stria brasileira produz a maior parte do que consome. ?Como discutir pre?o e renda com quem planta??, questionou.
O diretor da Cooperativa dos Agropecuaristas Solid?rios de It?polis (Coagrosol), Reginaldo Vicentim, cujos produtores cooperados conseguiram se desvencilhar da imposi??o da ind?stria e hoje exportam seu pr?prio suco, disse que falta planejamento. ?A ind?stria est? onde est? porque se planejou. E o que estamos fazendo em termos de planejamento??, questionou, propondo, ainda, que ao mercado interno seja dada maior aten??o.
Outra sugest?o partiu do prefeito de Valentim Gentil, Liberato Rocha Caldeira. Para ele, a lei que prev? a erradica??o de todo um talh?o onde for identificado 0,5% de contamina??o pelo cancro c?trico deve ser abolida. ?Conhe?o produtores que perderam tudo e est?o em situa??o de calamidade por causa dessa lei?, disse o prefeito, ressaltando que, em v?rios outros pa?ses, somente a planta doente ? erradicada e, mesmo assim, o produtor ? indenizado pela perda da ?rvore.
A opini?o dos envolvidos
?Para ser vi?vel, o setor, que gera muitos empregos, precisa ser sustent?vel, com lucratividade em todas as etapas do processo. Estamos em preju?zo h? tr?s anos. Precisamos ter um pre?o m?nimo.? Antonio Eg?dio, representante da Fasp.
?O setor j? havia tentado de mobilizar, mas nunca com a organiza??o de agora. ? necess?rio cobrar a?es do governo. Quanto a n?s, estamos ? disposi??o para o que pudermos contribuir.? Ademerval Garcia, presidente da Abecitrus.
?Queremos que seja eliminada somente a planta-foco de cancro, como ocorre em v?rios outros pa?ses, e indeniza??o para o que for arrancado. H? muitos citricultores que perderam toda a produ??o por conta da lei do 0,5%.? Liberato Caldeira, prefeito de Valentim Gentil.
?Sou citricultor h? 30 anos. Estou ?trincado?, mas ainda vou ?quebrar?. Estou endividado no banco. Sem pre?o o produtor n?o sobrevive. Sobe adubo, sobe veneno, s? n?o sobe o pre?o da caixa.? Dorival Sandrini, prefeito de Cajobi.
?O Brasil est? ficando rico, mas ? custa de quem? Precisamos sair daqui com a?es de curto, m?dio e longo prazo, e a Secretaria tem instrumentos para fazer com que o pre?o da caixa mude j?. ? preciso acabar com essa luta de estilingue contra raio laser.? Kal Machado, presidente da Amcisp.
?A ind?stria est? onde est? porque se planejou. E o que estamos fazendo em termos de planejamento? Precisamos focar o mercado interno. Fa?o parte de uma cooperativa que se planejou e hoje at? exporta suco.? Reginaldo Vicentim, diretor da Coagrosol.
?Precisamos acabar com a caixa-preta. Temos quem planta, para quem vende, por quanto vende, que produz suco, quanto vende, por quanto vende, para quem vende. S? assim teremos um setor transparente.? Douglas Kowarick, vice-presidente da Associtrus.
Fonte: Gazeta de Bebedouro
