A estiagem que durou quase tr?s meses (de agosto a outubro) no estado de S?o Paulo prejudicou os pomares citr?colas. Boa parte das frutas murchou e perdeu o rendimento, com muitas delas caindo dos p?s. Por conta disso, a entrega de frutas nas ind?strias paulistas de suco aumentou em outubro, inibindo a valoriza??o da fruta no mercado spot (sem contrato).

No ?ltimo m?s, a fruta entregue no mercado spot obteve m?dia de R$ 9,90 por caixa de 40,8 Kg, 1,22% de alta sobre setembro. Al?m da seca, doen?as como a pinta-preta tamb?m preocupa o setor. O fungo, que normalmente surge em pomares da regi?o sul do estado, tamb?m est? atingindo o norte paulista. Essa doen?a n?o altera as propriedades do suco da fruta, o que garante a normalidade das vendas ?s ind?strias, mas prejudica a apar?ncia da laranja, limitando o consumo da fruta fresca.

Apenas no fim de outubro as chuvas finalmente chegaram ?s regi?es produtoras, trazendo al?vio aos citricultores. Daqui a diante, produtores apostam na abertura de novas floradas, referentes ? safra 2008/2009, principalmente de laranja p?ra. Para as precoces hamlin e westin, que ser?o colhidas a partir de meados de mar?o do ano que vem, a estiagem j? pode ter comprometido o desenvolvimento dessas variedades. Muitas flores que abriram em agosto e em setembro, induzidas pelas chuvas de julho, abortaram.

Antes da estiagem, em junho de 2007, o Instituto de Economia Agr?cola (IEA) divulgou que a atual safra de laranja no estado de S?o Paulo seria de 352,1 milh?es de caixas de 40,8 Kg, menor que as 358,6 milh?es de caixas de 40,8 Kg, estimadas em abril. A estiagem pode ter reduzido ainda mais esse n?mero, e a safra corrente deve fechar bem abaixo dos 350 milh?es de caixas de 40,8 Kg.