Ex-funcionários da Citrosuco e entidades fazem ato público

17/02/2009

Dez mil panfletos serão distribuídos na cidade para mobilizar a população para a luta pela reabertura da fábrica.

 

 

Comissão de trabalhadores e ex-funcionários da Citrosuco, apoiados pelos sindicatos dos Bancários, dos Empregados Rurais e dos Trabalhadores dos Correios e a Assembléia Popular de Bebedouro planejam manifestações pela reabertura da fábrica da Citrosuco, fechada temporariamente desde o dia 7 deste mês.

Na noite de segunda-feira (16), durante sessão ordinária, eles lotaram o salão da Câmara, munidos de faixas, para cobrar mais empenho das lideranças políticas.

Os preparativos visando ao movimento ocorreram em reuniões na quinta-feira e no sábado (12 e 14), no Sindicato dos Empregados Rurais. A idéia é conseguir do presidente da Câmara, José Baptista de Carvalho Neto, o Channell (PDT), autorização para uso da Tribuna, de onde será feita a leitura de uma carta elaborada pelos integrantes do movimento.

Varlei Fernandes, do Sindicato dos Carteiros, também membro da Assembléia Popular, está na expectativa de repetir a mobilização de dezembro de 2008 contra a privatização do Saaeb, mas com a adesão de vários setores organizados da sociedade.

Ao parabenizar a atuação do presidente da Assembléia Legislativa, Vaz de Lima (PSDB), dos deputados Davi Zaia (PPS) e Paulinho da Força (PDT), o diretor do Sindicato dos Bancários, Carlos Orpham, de Bebedouro, alertou que não se pode esperar que a ajuda apenas venha de fora: “precisamos mostrar que a cidade está contra o fechamento da fábrica”.

 

Carta – Com o titulo “Citrosuco trata Bebedouro com descaso”, o movimento afirmou que por mais de uma década a empresa obteve altos lucros inclusive na última safra e nenhum dado concreto indicou prejuízos para o próximo período.

O grupo também argumenta que não há motivo para o fechamento nem para demissões. Acusa o Grupo Fisher de descaso com Bebedouro. “A direção da Citrosuco deve ser procurada e chamada à responsabilidade social de garantir empregos”, cobram os militantes.

Serão impressos dez mil panfletos para distribuição no centro da cidade e em outros locais de concentração de público, com o objetivo de conquistar mais adesão ao movimento.

 

Sem informação – O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Bebedouro, José Antônio Janota, disse que não sabia do teor da carta nem por que os trabalhadores da fábrica procuraram outras entidades: “além da luta em Bebedouro, estamos dando apoio aos trabalhadores de outras fábricas, que também estão sendo demitidos”.

 

Fonte: Gazeta de Bebedouro