Ministro do Desenvolvimento recebe a Associtrus em São Paulo

10/04/2007
Miguel Jorge atende representantes do setor produtivo para tratar de assuntos referentes à citricultura brasileira Segunda-feira (9), em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, recebeu a Associtrus, representada por Flávio Viegas, presidente, acompanhado de Douglas Kowarick, vice- presidente, Renato de Toledo Queiroz, presidente do Conselho Administrativo, e do Conselheiro Roberto Cano Arruda, que representava o Dep. Antonio Carlos Mendes Thame, grande companheiro da classe produtiva e que não pôde comparecer ao encontro devido à compromissos agendados em Brasília. Na audiência, cujo objetivo foi discutir questões da cadeia citrícola brasileira, foram apresentados ao ministro a realidade da cadeia produtiva e a relação entre indústrias e produtores e solicitado apoio do Ministério na resolução dos vários conflitos que envolvem o setor. A abertura de linhas de financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento, Econômico e Social - uma vez que Miguel Jorge já demonstrou interesse em assumir o controle do órgão - também constou da reunião, que durou mais de uma hora. "Apresentamos propostas para que os citricultores diminuam a sua dependência em relação às quatro processadoras e possam explorar de maneira mais eficiente e criativa as oportunidades de diversificação dos canais de comercialização da laranja. Dr. Miguel Jorge se mostrou bastante interessado em resolver as questões referentes ao seu Ministério, em especial, as ligadas ao comércio exterior, bem como discutir com outros ministérios os problemas e soluções apresentados", observa Viegas. A audiência com os representes do setor produtivo citrícola logo nos primeiros dias de seu mandato demonstra o interesse de Miguel Jorge pela citricultura, uma das atividades mais importantes para o comércio brasileiro e internacional. "O ministro se mostrou bastante interessado e foi muito receptivo. Ele nos questionou sobre o andamento das questões junto ao governo, sobre o acordo assinado pela Faesp e as indústrias, no ano passado. Tivemos a oportunidade de informar que o acordo não beneficiou o produtor e que a grande maioria continua nas mãos da indústria, que impõe contratos leoninos a preços que não cobrem sequer o custo de produção e que a investigação sobre a cartelização do setor está nas mãos da SDE, do Ministério da Justiça. Também comentamos sobre a má utilização do dinheiro do BNDES pelas indústrias que, solicitaram empréstimos para ampliação de suas fábricas ociosas, mas investiram no aumento de plantio de pomares próprios aumentando a verticalização e a assimetria do setor", diz Queiroz. A audiência foi muito positiva. Miguel Jorge ouviu as reivindicações e sugestões da classe produtiva e se comprometeu a entrar em contato com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na tentativa de buscar soluções para harmonizar as relações na cadeia produtiva. "O ministro se comprometeu a abordar com Reinhold Stephanes a questão do Consecitrus, modelo de contrato defendido pela Associtrus, que objetiva estabelecer critérios para uma remuneração justa aos citricultores", frisa Queiroz. "Transmitimos ao ministro o nosso ponto de vista e acreditamos que ele se sensibilizou muito com a nossa luta pela solução dos problemas de nossa cadeia produtiva. Estamos certos de que podemos contar com o apoio do Ministério do Desenvolvimento", finaliza Viegas. Foto - Tiago Queiroz/AE