Em meio à alta dos preços de insumos para o setor agrícola no ano, os preços de defensivos ficaram praticamente estáveis em 2007. Mas o aumento dos preços do petróleo deve alterar este cenário. A pressão do petróleo é forte e puxa os custos de produção com aumento dos preços de solventes e de embalagens. Com a alta, manter esta posição é insustentável. Os preços deverão subir no próximo ano. Os preços do petróleo irão cruzar a barreira dos US$ 100 por barril durante o inverno no hemisfério norte. A agricultura brasileira vive um momento extraordinário, mesmo com o câmbio desfavorável, o setor ampliou as exportações por conta do bom preço das commodities no mercado internacional. Desde o anúncio do programa de etanol norte-americano no ano passado, houve aumento gradativo dos preços das principais commodities agrícolas, por conta da demanda maior por milho e da disputa por área entre o cereal e a soja. O impacto do programa de etanol é visível no crescente aumento nos custos de produção, na pressão inflacionária e no preço dos alimentos. Atualmente, o setor vive situação paradoxal, com forte alta do petróleo, mas ao mesmo tempo, o etanol está com preços baixos por conta do excesso de oferta do produto no mercado global.

Fonte: Carlos Cogo