Os citricultores da regi?o de Ribeir?o Preto dever?o colher neste ano 4,2 milh?es de caixas de laranja a menos do que na ?ltima safra. ? o que aponta previs?o da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. A queda prevista para a regi?o em rela??o ao ano passado, 3,6%, ? maior do que a projetada para o Estado, de 0,6%, segundo a pasta.
O estudo, feito com base em informa?es das casas de agricultura dos munic?pios, estima que a regi?o dever? colher entre junho e dezembro, per?odo da safra, 107,7 milh?es de caixas de laranja de 40,8 kg, contra as 111,8 milh?es de caixas da safra passada. No Estado, foram 354,4 milh?es de caixas em 2008 e a previs?o ? de colher 352,5 milh?es neste ano.
O secret?rio-adjunto de Estado da Agricultura e Abastecimento, Antonio Julio Junqueira de Queiroz, que tem um pomar em Colina, na regi?o de Ribeir?o Preto, afirmou que a proje??o de baixa se deve a dois fatores: o greening (doen?a causada por bact?rias que atacam o citrus) e a irregularidade de chuvas no per?odo entre setembro e dezembro do ano passado, comumente usado para fazer proje?es sobre a safra.
Somente no segundo semestre do ano passado, a regi?o perdeu ao menos 528 mil p?s de laranja por causa do greening, de acordo com dados da pr?pria secretaria.
A queda pode ser significativa em dinheiro. No ano passado, a regi?o de Ribeir?o (formada pelas regionais de Ribeir?o, Araraquara, Franca, Barretos, Jaboticabal e Orl?ndia, que voltou a produzir neste ano) arrecadou R$ R$ 1,2 bilh?o com a venda de laranja.
O presidente da Associtrus (Associa??o Brasileira de Citricultores), Fl?vio Viegas, afirmou que a previs?o do Estado, assim como os n?meros fechados do ano passado, s?o superestimados. "As pr?prias ind?strias fazem acompanhamentos, que dizem que no ano passado foram retiradas dos p?s cerca de 305 milh?es de caixas", afirmou.
Segundo Viegas, as casas de agricultura municipais n?o t?m estrutura para checar a quantidade de p?s. Al?m disso, segundo ele, muitos citricultores dizem que t?m mais ?rvores do que realmente existem no pomar. "Eles acham que podem ganhar algo com isso, como um contrato mais f?cil com uma ind?stria." Queiroz disse que, se n?o ? certeira, a contagem tem margem de erro muito baixa.
Fonte: Folha de S. Paulo
