Por FL?vio Viegas.

Apesar de a ind?stria aqui no Brasil manter sua pol?tica de pre?os alinhados e aviltados, h? no cen?rio sinais de mudan?as, que tornar?o insustent?veis os argumentos com os quais se tenta justificar esta situa??o.

O primeiro sinal veio da Fl?rida, onde os primeiros levantamentos indicam uma quebra de safra que pode atingir 14% e os pre?os da laranja para a safra 2009-10 come?am a reagir e j? subiram 11% no mercado ?spot?. Espera-se que na pr?xima safra as variedades precoces sejam comercializadas em torno de US$8 por caixa e as tardias na faixa dos US$10.

Mesmo na safra 2008-09, sob o impacto da crise e onde se concentram 85% dos estoques mundiais de suco de laranja, os citricultores da Fl?rida, que s?o remunerados por libra de s?lidos sol?veis, e tem um custo de produ??o de US$1,25/lb (US$ 8,25/cx), receberam pelas variedades precoces US$1,18/lb (US$7,32/cx). Por?m as variedades tardias foram remuneradas a US$1,31/lb (US$9,27/cx) com margem superior a US$1 por caixa. ? importante lembrar que nos ?ltimos 12 meses a cota??o do suco na bolsa esteve abaixo de US$ 0,90/lb de s?lidos sol?veis.

Aqui no Brasil, os quatro ?Cs? continuam a atuar de forma coordenada, sem disputar a fruta dispon?vel, apesar de sinais de queda da oferta e dos baixos estoques no Brasil e na Europa e, portanto, de aumento de pre?os. A maior parte dos sucos que historicamente foram cotados abaixo do suco de laranja, est? com pre?os significativamente maiores que o do suco de laranja, que ? o  preferido pelo mercado.

Dentro deste cen?rio, ser? muito dif?cil para as ind?strias justificar e manter os pre?os atuais. Os primeiros sinais apareceram nos ?ltimos dias, quando mercadistas passaram a oferecer R$12,00 por caixa para a laranja p?ra na ?rvore e est?o pagando de R$6,00 a R$ 8,00 para outras variedades tardias. J? h? noticias de que a ind?stria estaria fazendo neg?cios a R$7,00.

Aguardamos as medidas de apoio para amplia??o do mercado interno, prometidas pelo Secret?rio da Agricultura por ocasi?o da FEACOOP.

H?, portanto, importantes mudan?as ? vista.

Fonte: Jornal Impacto