07/12/2009
A florada de 2009 foi boa, por?m teve s?rios problemas de Colletotrichum. A produ??o do pr?ximo ano, embora seja cedo para uma previs?o, alguns renomados consultores, n?o acreditam que ela superar? a safra deste ano. Dever? ser menor.
As variedades precoces que produziram pouco no ano anterior dever?o produzir mais. J? as peras que produziram muitos frutos tempor?s produzir?o menos.
Ainda ? cedo para estimar a pr?xima safra. Infelizmente, n?o sabemos quantas plantas de citros S?o Paulo tem em pleno s?culo XXI. Assim, ? dif?cil fazer previs?o confi?vel.
COMPETITIVIDADE
Com exce??o dos frutos de qualidade que poderiam ir para o mercado interno, cujo pre?o ? bom, os destinados ?s ind?strias t?m um pre?o que n?o cobre os custos do pomar.
O produtor est? pagando para produzir laranja! Uma das conseq??ncias imediata ? o reduzido e quase nulo investimento em manuten??o do pomar, com grande recrudescimento de doen?as cada vez mais limitantes, como ? o caso do greening.
A citricultura sofre muito com desvaloriza??o do d?lar, ali?s, todas as culturas destinadas ? exporta??o.
As f?bricas est?o com mais de 40 milh?es de plantas pr?prias. Isto lhes proporcionam um grande poder de negocia??o, tendo potencial para a produ??o de 100 milh?es de caixas, o que corresponde a mais de 30% das laranjas mo?das atualmente.
GREENING (HLB)
O combate ao greening (HLB) eleva e muito o custo de produ??o da citricultura paulista, superior a R$ 10,00 (US$ 5,50) a caixa, enquanto o valor pago pela ind?stria gira em torno de R$ 5,60 (US$ 3,10).
Talvez esteja na hora de rever estrat?gias para algumas regi?es muito contaminadas de greening (HLB). Aquelas localizadas no epicentro da doen?a.
Outras, como muitas regi?es paulistas e estados brasileiros que ainda n?o est?o contaminados, podem retardar e muito a evolu??o da doen?a se fizerem inspe?es e erradica?es dos primeiros focos, aplicando IN 53 no tempo certo.
A Florida n?o erradica plantas doentes.
FUTURO DA CITRICULTURA
Pouca gente vai sobreviver por compet?ncia, mas por sorte de local.O pacote alicer?ado em tecnologia de produto est? morto.
Modificaram tanto o meio que agora precisar?o modificar o individuo para sobreviver nele.
Poucas regi?es citricolas do Estado de S?o Paulo sobreviver?o. As outras, ser?o obrigatoriamente trocadas.
Talvez isto ocorrer? antes de 2020.A tend?ncia ? a citricultura caminhar para o Noroeste do Estado de S?o Paulo, divisa com Minas e Mato Grosso.
A citricultura do Nordeste tem baixo rendimento industrial e p?ssimo NFC, salvo a chapada Diamantina que a Embrapa faz elogios. L? poderia ser plantado uns 50 mil hectares irrigados.
A citricultura n?o acabar?. Seus segmentos ficar?o mais definidos, isto ?, produzir para o consumidor de mesa ou para a ind?stria.
Muitos j? est?o mudando de neg?cio, tanto aqui como na Fl?rida, abrindo, espa?os para os mais tecnificados e mais direcionados ao consumidor, que deseja comprar laranjas boas, bonitas, saborosas, e cheia de vitaminas.
Joaquim Te?filo Te?filo Sobrinho ? ex- Diretor do Centro de Citricultura e editor do ESPA?O CITRICOLA.
http://www.espacocitricola.eng.br/