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Dreyfus diversifica linha de sucos e faz aquisição na China

17/09/2010
Depois de investir R$ 500 milh?es entre as safras 2006/07 e 2009/10 no Brasil para fortalecer sua atua??o no mercado mundial de suco de laranja, no qual tem participa??o em torno de 12%, a Louis Dreyfus Commodities acelerou a diversifica??o de seu portf?lio de sucos para fazer frente ? tend?ncia estrutural de retra??o da demanda internacional pela commodity.

Quarta maior exportadora global de suco de laranja, seja concentrado e congelado (FCOJ) ou n?o concentrado (NFC), a multinacional francesa, que administra seus neg?cios na ?rea a partir do Brasil - onde tamb?m atua em outros ramos do agroneg?cio, como gr?os, a?car e etanol, algod?o e adubos -, j? ? a maior processadora de lim?o do pa?s e, em agosto, adquiriu o controle de uma empresa de suco de ma?? na China.

A companhia em quest?o, de capital privado, ? a Shanxi Sanchuan Juice Company Ltd., localizada na Prov?ncia de Shaanxi. A pedido do novo s?cio chin?s, a LDC, que globalmente fatura entre US$ 7 bilh?es e US$ 8 bilh?es, n?o divulgou a exata participa??o que comprou - apenas que a fatia ? majorit?ria - nem o valor da transa??o.

Trata-se de uma empresa de pequeno porte, com capacidade de produ??o de 20 mil toneladas por ano, mas a tacada ? simb?lica. Apesar de ter grande potencial para as exportadoras globais de suco de laranja (as tr?s maiores s?o as brasileiras Cutrale, Citrosuco e Citrovita), a China at? agora n?o justificou as expectativas.

Segundo Henrique de Freitas, diretor-geral da divis?o respons?vel pelo segmento de sucos - agora chamada LDC Juices, n?o mais LDC Citrus -, o neg?cio atendeu aos interesses do grupo tanto de diversificar a plataforma de sucos quanto de crescer na ?sia, o que se mostrou mais dif?cil do que o inicialmente previsto.

"A laranja continua sendo nosso carro-chefe. Entrando na ma?? com a expertise que temos em sucos, inclusive na log?stica, acreditamos que os c?tricos tamb?m ser?o beneficiados. Estamos mais competitivos", afirmou Freitas ao Valor. At? o fechamento do neg?cio, disse o executivo, foram dois anos de viagens constantes ? China.

Al?m disso, na China o suco de ma?? ? neg?cio de gente grande. H? dois anos, as exporta?es chinesas do produto somaram 1 milh?o de toneladas, apenas um pouco abaixo dos embarques brasileiros de suco de laranja. Laranja e ma?? dominam o com?rcio mundial de sucos de frutas.

Essa diversifica??o ? considerada vital por analistas, tendo em vista que o consumo mundial de suco de laranja n?o d? mostras de recupera??o. Nos EUA, a queda de 2001 a 2010 chega a 43%. E na Europa, principal mercado do suco do Brasil, o cen?rio n?o ? muito melhor.

Na Alemanha, por exemplo, a demanda caiu 2,1% apenas entre os primeiros semestres de 2009 e 2010. No Reino Unido houve estabilidade na compara??o. O alento veio da Fran?a, onde o consumo cresceu 2,6%. Em mercados incipientes como a R?ssia tamb?m houve aumento (5,1%), mas nada capaz de mitigar os estragos em mercados fortes como o alem?o.

De qualquer forma, pondera Freitas, "s?o os emergentes que est?o puxando o consumo". Al?m da China, diz, o Leste Europeu e o Oriente M?dio apresentam bom potencial. "Tamb?m ? preciso valorizar as vantagens da laranja para a sa?de para que a demanda volte a crescer em mercados maduros e aumente mais rapidamente nos emergentes".

Nos emergentes, por?m, o fator pre?o ? uma limita??o importante. A demanda global por suco de laranja entrou em decl?nio, sobretudo pela prolifera??o de alternativas mais baratas, ainda que com menores teores de suco.

Por isso o pacote de R$ 500 milh?es em investimentos no Brasil entre as temporadas 2006/07 e 2009/10 privilegiou a?es capazes de reduzir custos e aumentar a efici?ncia das opera?es citr?colas.

Em log?stica, a m?lti construiu um terminal no porto de Santos e ampliou o terminal de Ghent, na B?lgica, para tamb?m receber as exporta?es de suco n?o concentrado, que envolve volumes cerca de seis vezes maiores que as de suco concentrado e congelado.

Ainda nessa frente, a capacidade de transporte dos navios utilizados pela empresa para as exporta?es foi incrementada, em parceria com as empresas especializadas que fazem o servi?o.

Para acompanhar a alta da demanda mundial por suco n?o concentrado, que ao menos amenizou o impacto do tombo do consumo do FCOJ, a companhia firmou as bases para triplicar a produ??o de NFC em duas de suas tr?s f?bricas em S?o Paulo, localizadas nos munic?pios de Bebedouro e Mat?o.

Na plenitude dessa expans?o, afirma Freitas, o NFC representar? 15% do volume total de suco de laranja (em equivalente de suco concentrado) exportado pela LDC.

Na produ??o de laranja, a Louis Dreyfus ampliou as parcerias com citricultores - s?o 40 atualmente - para garantir sua oferta pr?pria da fruta. Nessa frente agr?cola, tamb?m concluiu o plantio de 5 milh?es de novos p?s de laranja, ampliando seu total para 13 milh?es.

Mesmo assim, pontua Freitas, a LDC Juices "continuar? sendo dependente da fruta do produtor". Na maturidade da expans?o do n?mero de ?rvores pr?prias ou administradas com citricultores parceiros, essa oferta dever? representar, na m?dia, um ter?o da demanda do grupo por laranja.

No caso do lim?o, outra frente em expans?o, a empresa conta com um grande parceiro produtor e tende a elevar o processamento da fruta para a produ??o de suco em suas unidades de Mat?o e Engenheiro Coelho.


Fonte: Valor Econ?mico - Fernando Lopes | De S?o Paulo

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