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Cresce apetite da Radar por aquisição de terras

08/11/2010

A Cosan, maior produtora de a?car e ?lcool do pa?s e terceira no ranking de distribui??o de combust?veis, negocia a compra de 60 fazendas localizadas no Cerrado brasileiro e no Estado de S?o Paulo, em transa?es que podem chegar a US$ 800 milh?es. Juntas, essas propriedades somam uma ?rea de 350 mil hectares.

As negocia?es est?o a cargo da Radar, empresa de terras criada em 2008 e na qual a gigante tem uma fatia de 18,9%. Nos ?ltimos dois anos, a Radar adquiriu 180 fazendas em S?o Paulo, Mato Grosso, sul do Maranh?o e oeste da Bahia. S?o 84 mil hectares no total, que demandaram investimentos de US$ 440 milh?es, conforme Ricardo Mussa, principal executivo da empresa de im?veis rurais. Com esse valor j? aplicado, a Radar ainda tem dispon?veis US$ 115 milh?es para investir na amplia??o de seu portf?lio, uma vez que o aporte total j? autorizado por seus acionistas chega a US$ 555 milh?es. Cosan, Radar e a desnacionaliza??o da propriedade agr?cola. "A joint venture com a Shell vai ampliar ainda mais a nossa oportunidade de investir", diz Mussa, sinalizando que essa pode ser uma das fonte de recursos para os neg?cios de terras em andamento.

Apesar de ter apenas 18,9% do capital da Radar, a Cosan, que criou a companhia, ? sua controladora (direito a voto). Os outros investidores, fundos de pens?o americanos, det?m os 81,1% restantes.

A Cosan tem direito de ampliar essa participa??o em mais 20% nos pr?ximos dez anos, elevando sua participa??o total para 38%. "Essa subscri??o adicional pode ser feita ao valor inicial de contribui??o, corrigido pelo IPCA [?ndice Nacional de Pre?os ao Consumidor Amplo]", diz Marcos Lutz, CEO da Cosan.

O foco da Radar ?, em um primeiro momento, arrendar terras para cultivo de algod?o, soja, milho e cana-de-a?car. Depois que atingirem um n?vel de valoriza??o desej?vel, essas terras ser?o vendidas para que os investidores tenham seu retorno, diz Mussa. "J? estamos realizando as vendas de algumas fazendas, dois anos ap?s a cria??o da Radar, dada a elevada valoriza??o desses ativos", afirma o executivo. De acordo com informa?es de Mussa, uma avalia??o feita por uma auditoria independente em 30% do portf?lio de terras da companhia identificou valoriza??o m?dia de 50% em dois anos. Lutz, que n?o vislumbra no momento nenhuma mudan?a societ?ria para a Radar, destaca que a empresa de terras oferece contratualmente duas op?es de liquidez para os investidores, sendo que uma delas ? a possibilidade de abertura de capital em bolsa. "Mas nada impede que estudemos juntamente com os investidores outra forma de liquidez", acrescenta.

O plano inicial da Radar era atingir o portf?lio de 80 mil hectares em cinco anos, prazo que foi reduzido pela metade. Mussa afirma que a companhia hoje estuda replicar esse modelo de neg?cios de compra e venda de terras para a Am?rica Latina. O mercado de terras no Brasil movimenta por ano neg?cios da ordem de US$ 40 bilh?es, segundo estimativas da Cosan. Levantamento realizado pela companhia aponta que em 2020 a atual ?rea cultivada com soja no pa?s sair? dos atuais 22 milh?es de hectares para 29 milh?es. A de cana-de-a?car vai dobrar de 7 milh?es de hectares para 14 milh?es. "O diferencial est? em conseguir antecipar onde vai acontecer a valoriza??o", afirma Mussa.

VALOR ECON?MICO - AGRONEG?CIOS - S?O PAULO - 04/11/10 - Pg. B-12 Fabiana Batista | De S?o Paulo


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