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Fórum em Defesa da Citricultura debate Custos e preços: impactos no campo e na indústria

31/05/2011
Custos e preços: impactos no campo e na indústria foi o tema central do Fórum em Defesa da Citricultura, sexta-feira (27/5), no auditório da Faculdade de Ciências Agronômicas/ UNESP, Campus Universitário do Lageado, em Botucatu.

Na abertura, o representante do Ministro Wagner Rossi, superintende do Ministério da Agricultura do Estado de SP, José Tadeu de Farias, falou da importância do evento para o setor. 'O Governo do Estado está a disposição dos citricultores para que haja sempre relevante atuação na execução dos planos para a melhoria em defesa da citricultura', disse.

A primeira mesa redonda do dia discutiu os 'Custos de produção de laranja para a Agroindústria'. Márcio Luis Borella, representando a Associtrus, apresentou a planilha de custos da associação e discorreu sobre os atrasos culturais do produtor e os impacto dessa atitude ao custo. O Fórum é importante para criar o interesse do produtor em se organizar. A partir do momento que o produtor se associar, ganhamos força política para lutar contra ao que atende apenas os interesses da indústria. A planilha apresentada serve de alerta ao produtor, que precisa aprender a controlar seus custos, disse Borella.

O representante da senadora Kátia Abreu, o economista e coordenador de Assuntos Econômicos da CNA, Renato Conchon, destacou a importância da divulgação dos custos. O produtor precisa discutir a questão dos custos e preços, para que possa gerenciar melhor os seus custos. Para que o produtor tenha competitividade, é necessário que todos venham para uma mesa de negociação para que seja discutido o custo gerencial do produtor e para que a indústria entenda o quanto é necessário pagar pela caixa de laranja, finaliza.

Para o presidente da CitrusBR, Christian Lohbauer, a justificativa do Fórum, tem um texto que não confere com o que esta acontecendo atualmente. São acusações permanentes de que a indústria formata preços, que existe um sistema industrial com intenção deliberada de tirar o pequeno produtor do jogo, e isso não existe. O que está acontecendo de fato é um processo de integração de negociação permanente há pelo menos 2 anos, diz Lohbauer.

Para o representante da GECUP/CONAB, Asdrúbal de Carvalho Jacobina, os números que a Associtrus apresentou são condizentes com aquilo que a CONAB tem, ou seja, demonstra que o produtor está comercializando sua produção em prejuízo. A CONAB vai atualizar o pacote tecnológico agora no segundo semestre e vamos incluir no nosso custo de produção aplicações de agrotóxicos para combater o greening, o que vai aumentar o nosso custo que hoje está em torno de R$ 10,50 para mais próximo do custo da Associtrus, que está em torno de R$ 11,50, comenta Asdrúbal.

Na segunda mesa redonda, o tema discutido foi 'Preço de compra da laranja pela Agroindústria'. É importante trazer o setor industrial e o setor produtivo para debater e expor os custos de produção. O tema foi escolhido por sua relevância econômica mas, posteriormente, traz consigo a discussão política. Esperamos que a Frente Parlamentar tenha um plano estadual para o nosso Estado, para que juntos, possamos defender os interesses da Citricultura no Brasil, disse o secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento, Márcio Campos.

Na última mesa redonda do dia o tema foi 'Frente Parlamentar em Defesa da Citricultura'. O representante do Deputado Mendes Thame, assessor de gabinete Kal Machado, observou que começamos a entrar no ciclo de se encontrar soluções. O Consecitrus, se evoluir para um modelo que contemple os custos do produtor, será uma avanço enorme. Acredito que o produtor precisa buscar alternativas, independentemente da indústria.

De acordo com o presidente da Associtrus Flavio Viegas, estamos discutindo temas recorrentes, porém, de extrema importância que são: custo na produção, relação com a indústria e preços. Sabemos que são assuntos de difícil solução, mas que não podem ser deixados de lado. Esse descompasso entre custo e preços que vem criando gravíssimos problemas para a citricultura só vai se reverter quando o produtor tiver renda. E renda são preços que superam os custos. Então essa discussão é mais uma etapa de um processo que um dia vai ter solução. Mas não é nada que se resolva de um dia para o outro, finaliza Viegas.

O Fórum em Defesa da Citricultura foi uma realização da Prefeitura de Botucatu, da Faculdade de Ciências Agronômicas/ UNESP, da CATI, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, do Governo do Estado de São Paulo, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, da FATEC, da CONAB, da CNA, da Citrus BR, do Sindicato Rural de Bebedouro, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Botucatu, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Associtrus.





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