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Reinventando relações

28/09/2011
Nesta semana o DCI publicou uma reportagem onde o tema principal foi a atual situação da citricultura brasileira; nesta reportagem o presidente da Citrus-BR, a associação de exportadores de suco, Christian Lohbauer destaca o temor atual no setor, baseados na recente queda mundial de sucos de laranja e suas conseqüências no setor e na economia do estado. Destaca também a falta de investimentos e os elevados custos para se produzir uma caixa de fruta.

Este alerta vem em boa hora e ninguém deve se sentir surpreso, pois tudo o que temos comentado semanalmente nesta coluna, passa por estas observações.

Para matará estes três pontos, não há como escapar de uma ação conjunta dos diretamente envolvidos, citricultores e indústrias; é assunto requentado, mas o alerta do Sr. Lohbauer clama novamente para a necessidade de uma reinvenção da relação.

Conforme citamos na semana passada, a Cutrale estaria virando sua mira para a região nordeste do Brasil, com investimentos e fomentos de plantios e fechando o circulo com a instalação de uma unidade de extração por aquelas bandas, para escapar de custos e pragas do atual cinturão SPMG.

Sou da opinião que esta idéia deva ser repensada, pois uma solução rápida para retomada paulista nos plantios comerciais modernos e produtivos talvez seja a remuneração justa e que corrija o desvio de conduta dos citricultores de forma mais barata e racional.

Visão otimista

A Tetra Pak e a Euromonitor realizaram pesquisa sobre o consumo de suco de laranja durante 7 anos e em 40 países da lista dos maiores consumidores mundiais do produto. Os números têm por base toneladas do suco concentrado consumido.

Nos países dos EUA, Alemanha, Reino Unidos, Japão, houve queda de cerca de 280 mil toneladas. Em contrapartida, na Rússia, China, Marrocos, Argentina, Indonésia e Romênia houve crescimento de 200 mil toneladas, com destaque para a China que dobrou seu consumo!

Onde houve queda, ela deveu-se à crise financeira, já onde houve crescimento, ele deveu-se ao reconhecimento dos benefícios do produto e acredito que nestes países o consumo crescente tende a permanecer ascendente.

Aí vem minha visão otimista: se, passada a crise, houver retomada histórica de consumo onde ele caiu e, se os países que subiram no bonde continuarem com sede; sem dúvidas poderemos esperar um futuro melhor para o produto.

Seca e filas

Continuamos a receber informações e reclamações de diversos citricultores, quanto ao problema das filas, e que as indústrias não conseguem resolver. Demora na fábrica, demora na colheita... fruta no chão, porque ela não espera na árvore!

Tem gente que fala que de 10 a 15% da safra está indo para o chão; particularmente acho que se não sabemos quanto vamos produzir, com exatidão, como avaliar as quedas?

Mas que elas existem, existem. É só rodar na região e notar embaixo dos pés. Entrega de frutas: esta aí um assunto que precisa ser reinventado.

Para saber

Toda a cadeia produtiva da citricultura brasileira movimenta 15 bilhões de dólares todo o ano e chega a empregar mais de 230 milhões de profissionais toda safra.

Não é pouco dinheiro e nem tampouco pouca gente. Nossa força está nestes números; o problema é saber como usa-la!


Engenheiro de Alimentos PAULO CELSO BIASIOLI
pcbiasioli@yahoo.com.br
CROP-consultoria
ALICITROS (Associação de Citricultores da Região de Limeira)
Visite nosso site: www.alicitros.com.br
Publicado: 26/09/2011

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