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Produtores de Minas Gerais sofrem prejuízos com excesso de laranjas nas indústrias

17/11/2011
Álvaro Barbosa
Campo Grande Noticias 15/11/2011

Os produtores de laranja de Minas Gerais estão descontentes com a política pública para o setor, principalmente pelo fato de que o excesso do produto nas indústrias está impedindo a comercialização da safra, a qual teve que ser antecipada para que o prejuízo não fosse maior.

De acordo com os produtores e especialistas no setor, a produção da fruta é uma das maiores dos últimos anos, e os pés estaco carregados, fazendo com que muitas laranjas caiam ao chão, apodrecendo em seguida.

A estimativa dos agricultores mineiros é a de que 65 mil caixas de laranjas já estejam perdidas, não podendo mais ser comercializadas nem ao mercado externo, e nem mesmo para o mercado interno.

Segundo o engenheiro-agrônomo Arthur de Castro, a antecipação da safra do fim de ano fez com que houvesse um excesso do produto na indústria, que não conseguiu vender seu estoque, fazendo que houvesse a paralisação da compra do produto.

Técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) avaliam que há cerca de 10 anos, os produtores não colhiam tanta laranja no Estado de Minais Gerais, sendo que a expectativa para 2011 é de 830 mil toneladas do produto. No entanto, a quantidade excessiva na produção, não é garantia de uma lucratividade razoável.

O presidente da CitrusBR, Associação que representa a indústria de suco de laranja no Brasil, Christian Lohbauer, disse que este ano é atípico para o setor, e que a safra é uma das maiores já registradas nos últimos anos, fazendo com que as indústrias tivessem dificuldades em absorver todo os estoques dos produtores.

Para Christian Lohbauer, as indústrias mantiveram o compromisso assumido com o Governo Federal, de comprar a maior quantidade possível, mas que elas não podem adquirir uma quantidade maior do que a sua capacidade de processar e de fazer sucos.

Este ano é de safra histórica e tem muita laranja. A indústria se comprometeu e assumiu o compromisso com o governo [Federal] de comprar a maior quantidade possível. As fábricas estão trabalhando sete dias por semana, 24 horas por dia, mas não estão dando conta. Essa é uma questão também de capacidade instalada porque normalmente a fábrica é maior que a oferta, mas este ano o quadro se inverteu, disse o presidente da CitrusBR.

Christian Lohbauer concluiu afirmando que não há o que fazer. Em todos os anos, no pico da safra, tem fila mesmo, esse ano a situação ficou pior porque tem muita laranja, com muita entrega ao mesmo tempo. Tem que ter paciência.


Com informações da Folha On-Line

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