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CitrusBR pede maior tolerância para fungicida em suco

30/01/2012
SÃO PAULO, 27 Jan (Reuters) - A indústria brasileira de suco de laranja busca junto ao órgão regulador para alimentos dos EUA (FDA) que sejam considerados níveis diferentes para o suco concentrado e o diluído NFC (not from concentrate) no que se refere ao resíduo do fungicida carbendazim, disse o presidente executivo da CitrusBR.

Segundo Christian Lohbauer, presidente executivo da associação que representa a indústria brasileira, se o limite para o NFC que é diluído é de 10 partes por bilhão (ppb), para o suco concentrado deveria ficar entre 5 ou 6 vezes mais, o que equivaleria até 60 ppb.

"Se isso fosse considerado, todo nosso problema já poderia estar resolvido", disse o executivo a jornalistas.

Representantes da indústria de suco do Brasil e dos Estados Unidos reuniram-se na quinta-feira com o FDA, para apresentar sua defesa na questão.

Na ocasião, o grupo apresentou os procedimentos adotados para o uso do fungicida e os possíveis impactos econômicos nos Estados Unidos em caso de restrição ao suco brasileiro, mas ele não detalhou o estudo.

"Apresentamos ao FDA uma série de argumentos para encontrar uma solução legal para que o vem sendo discutido. A primeira argumentação é que não existe 'safety concern' (risco à saúde)", disse "... Isso elimina esta questão sobre contaminação, e virou uma questão legal, a maneira como o FDA não admite resíduos", afirmou.

Segundo o executivo, o órgão regulador deve apresentar seu parecer na próxima semana.

"O caso mais preocupante é como o FDA vai avaliar o concentrado. Se tem alguma coisa que tem que ser estudada é o nosso pedido para o concentrado", acrescentou.

O executivo disse ainda que a indústria começou a estudar alternativas ao fungicida carbendazim, considerando a possibilidade de o FDA determinar tolerância zero ao carbendazim, mas alertou ao órgão que este é um processo que levaria ao menos 18 meses, porque envolve desde gerenciamento dos estoques até os contatos com produtores.

Os Estados Unidos respondem atualmente por 13% das exportações brasileiras de suco, informou a CitruBR.

"A gente acredita que pode e haverá uma saída legal (para a questão) ... com índices mínimos para o carbendazim", disse o executivo. Ele observou que duas amostras analisadas do Brasil apresentaram níveis abaixo de 10 ppb.

Análises

O FDA anunciou nesta sexta-feira que três carregamentos de suco do Brasil foram detidos por vestígios do carbendazim, fungicida considerado ilegal nos Estados Unidos, e ainda fará a análise em mais 40 carregamentos.

As amostras que resultaram positivo para o fungicida eram do Brasil e do Canadá. O executivo reconheceu que parte do suco vendido pelos canadenses é proveniente de "blend" (mistura) com o produto brasileiro. "Uma parte do suco canadense pode ser brasileiro ... boa parte do suco que é consumido lá vem do Brasil", acrescentou.

Sobre os carregamentos detidos, Lohbauer disse que uma alternativa é enviar o produto para outros mercados, uma vez que mesmo os americanos alertam que o produto não representa ameaça à saúde, mas ponderou que cabe a cada empresa decidir o destino do suco proibido nos EUA.

O executivo não vê risco de rejeição ao suco brasileiro por outros países, como da União Europeia, por exemplo, porque o fungicida está dentro de níveis aceitos no bloco.

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