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Produtores e governo federal buscam meios para escoar a safra da laranja

21/08/2012

A aprovação de um programa de escoamento de produção de laranja pelos ministérios da Agricultura, Planejamento e Fazenda, com fixação do preço mínimo de R$ 10,10 por caixa, representa um passo importante, mas ainda não soluciona a crise da citricultura, na opinião do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP). O deputado levou o debate da crise citrícola paulista ao Comitê Estratégico do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Precisamos regulamentar com urgência os mecanismos existentes para escoamento da safra, pois a fruta já está se perdendo nos pomares. Ao mesmo tempo reconhecemos as dificuldades técnicas, pois é a primeira vez que se aplicam essas regras à citricultura. O importante é que governo federal, produtores, indústrias e comerciantes de fruta in natura abriram o diálogo, buscando alternativas”, afirmou o deputado.

Edinho Araújo participou no Sindicato Rural de Araraquara de uma reunião com mais de 70 citricultores, industriais de suco e empresários do setor de packing house (que comercializa a fruta fresca). Estavam representadas as principais entidades que congregam produtores de laranja, como sindicatos rurais e a Associação Brasileira de Citricultores.

Vieram de Brasília para discutir as regras de escoamento de safra o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gustavo Firmo de Araújo, e o superintendente de Operações da Conab, Elias Camargos. Eles reconheceram as dificuldades de aplicação das normas de escoamento da safra e abriram o debate buscando todas as alternativas possíveis de colocação da fruta no mercado.

Produtores queixaram-se de que a variedade de laranja Hamlim, que representa cerca de 15% da produção paulista, está se perdendo sem alternativa de comercialização e que a variedade Valência está se aproximando do ponto de maturação.

RECURSOS
O governo federal deverá destinar aproximadamente R$ 120 milhões para subsidiar o preço da laranja. Pelos valores de mercado atuais, a caixa da fruta está cotada em R$ 7. O governo arcaria com a diferença entre o preço médico de mercado e os R$ 10,10 do preço mínimo, usando recursos do Tesouro Nacional. O problema está na aplicação prática dos mecanismos de venda e nas regras para que indústrias epackings comprem a fruta. Se as regras não forem flexibilizadas com urgência, dificilmente as indústrias, que são os maiores compradores do setor, se interessarão em participar do Programa de Escoamento de Produto e a laranja continuará sem mercado.

Os técnicos do governo federal pediram que os produtores e compradores da fruta, que conhecem as particularidades do mercado, apresentem proposta com rapidez para que possam ser marcados os leilões de venda da laranja, sem os quais o governo não poderá subsidiar a diferença entre o preço de mercado e o preço mínimo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional. Uma nova reunião entre as partes deverá acontecer em Brasília, no dia 28 próximo, na Câmara Setorial de Citricultura.

“Vamos continuar acompanhando as tratativas para a venda as safra. A citricultura brasileira não resistirá ao prejuízo desta safra, estimado em mais de R$ 1,2 bilhão caso a fruta se perca nos pomares”, garantiu o deputado, que nesta terça-feira voltou a ocupar a Tribuna da Câmara cobrando urgência nas medidas de escoamento da safra de laranja.

Fonte: Gabinete do deputado Federal Edinho Araújo (PMDB/SP)


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