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Rodrigues assume conselho na Fiesp

10/10/2006
O engenheiro agrônomo, produtor de cana e ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues assumiu ontem a presidência do Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Julio Bittencourt/Valor "Queremos trazer idéias e projetos que serão esmiuçados para a definição de propostas concretas", disse o ex-ministro Segundo o presidente da entidade, Paulo Skaf, o conselho foi criado para reforçar as relações entre indústrias de toda a cadeia produtiva, e terá a participação das principais associações ligadas aos agronegócios, como Abecitrus (suco de laranja), Abiove (óleos vegetais), Abimilho, Abag (setor como um todo), Andef (defensivos), Sindan (saúde animal), Anfavea (máquinas), Unica (açúcar e álcool), Abrapa (algodão), Sindirações, Abic (café), Abiec (carne bovina), Abipecs (carne suína) e Associtrus (Citricultores). � frente do conselho, Rodrigues pretende discutir e apresentar ao governo propostas para o desenvolvimento da cadeia dos agronegócios. "Não temos a pretensão de fazer um programa amplo para o governo, mas trazer idéias e projetos que serão esmiuçados para a definição de propostas concretas". Ele citou como exemplo a sugestão de um modelo de negócios em que o setor privado ajude o governo a financiar projetos de pesquisa em tecnologia de agricultura tropical, na qual o país é líder global graças aos programas desenvolvidos pela Embrapa. Fora do governo, Rodrigues também acaba de assumir o cargo de gestor do recém-criado Centro de Estudos do Agronegócio na Fundação Getúlio Vargas (FGV), além do cargo de pesquisador visitante no Centro de Estudos Avançados da USP. Nas duas frentes, atuará no desenvolvimento de projetos de pesquisas voltados ao agronegócio. O ex-ministro também retomou sua cadeira de professor na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp campus de Jaboticabal). "Vou manter minha atividade de sempre: um pé na academia, um na área institucional e outro na empresarial. Sempre com o objetivo que me moveu a vida inteira, defender o agronegócio brasileiro", disse. Na área empresarial, Rodrigues planeja, com parceiros, a criação de um fundo de private equity para investir em projetos de agroenergia. A prioridade será a produção de álcool e biodiesel, e o empreendimento poderá contar com capital nacional e estrangeiro. O projeto será mantido em sigilo até novembro. Conforme informou a direção da Agrenco, o ex-ministro também participará de seu conselho de administração. Sob quarentena de quatro meses (até 2 de novembro), Rodrigues está proibido de ocupar cargos públicos e de falar sobre o atual governo. Questionado sobre a contribuição do próximo governo federal para o agronegócio, apontou como principal desafio a criação de mecanismos anticíclicos para dirimir as perdas da cadeia em época de crise. "A maior contribuição, qualquer que seja o governo, é reconhecer que a agricultura em qualquer país do mundo é uma atividade cíclica". Rodrigues lembrou que quando os preços internacionais caem, os produtores reduzem a oferta e só a retomam quando as cotações voltam a subir. Os países desenvolvidos, disse, já criaram mecanismos anticíclicos, que reduzem perdas na "barriga negativa". "O atual governo já se deu conta disso e está trabalhando para criar as políticas específicas que não nos obriguem a cada vez renegociar dívidas. � preciso ter mecanismos mais consistentes que garantam renda para a agricultura", afirmou. Para fortalecer sua atuação no setor, a Fiesp também prometeu elevar em breve seu comitê do agronegócio � categoria de "departamento". Cibelle Bouças 10/10/2006

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