27/10/2006
Fl?rida registra segunda menor ?rea em 40 anos e n?o deve gerar excedentes de suco. A Fl?rida cultivou 214,24 mil hectares de laranja em 2006, segundo censo divulgado pelo departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em setembro deste ano, ?rea 15% inferior ? apresentada no censo de 2004. Essa ? a segunda maior diminui??o de ?rea registrada pelo censo do USDA desde o in?cio de seu levantamento, em 1967. A redu??o mais significativa ocorreu em 1986, quando a ?rea citr?cola do estado reduziu 18,77% em rela??o ? proje??o anterior; reflexo das fortes geadas que comprometeram a produ??o daquele ano. Em 2006, os principais motivos para a diminui??o de ?rea foram os estragos causados por furac?es que atingiram o estado norte-americano entre 2004 e 2005, o alastramento de doen?as e o desenvolvimento urbano. O n?mero de ?rvores novas totalizou 4,9 milh?es, e as em produ??o, 66 milh?es neste ano, quedas de respectivamente 35% e 12,5% em rela??o a 2004. Com base na s?rie hist?rica de produtividade da Fl?rida e no cen?rio atual do estado, pode-se estimar que o potencial produtivo do parque citr?cola ser? de aproximadamente 200 milh?es de caixas nos pr?ximos tr?s anos - isso se os pomares se recuperarem totalmente dos furac?es e se a erradica??o por doen?as n?o aumentar. Esse cen?rio indica que n?o deve existir excedente de oferta no estado norte-americano nos pr?ximos anos, o que pode garantir a sustenta??o dos pre?os internacionais do suco. Outro ponto negativo ? que a demora para o reajuste pode acarretar na redu??o de investimentos no parque citr?cola, refletindo em queda da produ??o futura. Al?m disso, ao contr?rio de outros segmentos do agroneg?cio, n?o h? justificativa para uma crise de rentabilidade na citricultura brasileira, visto que o momento ? favor?vel ?s exporta?es brasileiras de suco, em fun??o dos pre?os recordes da commodity. Muitos atribuem a demora da ind?stria para assinar o acordo com a Faesp ? cessa??o do processo pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ?mica (Cade) de acusa??o da pr?tica de cartel. Por Daiana Braga e Margarete Boteon - citroscepea@esalq.usp.br